Maritain ajudou na construção de muitos conceitos que compõem o direito no espaço público na atualidade. Um direito imbuído de uma função promocional ao respeito à dignidade da pessoa humana.
Jacques Aimé Henri Maritain, Filósofo francês, nascido em Paris, França, no dia 18 de novembro de 1882.Teve por avô um conhecido advogado, acadêmico, ministro e homem político, Jules Favres (1809-1880).Família culta, mas sem religião. Estudante na Sorbonne, França, com licenciatura em filosofia (1900-1901), deixa-se atrair por Spinoza1 , antes de buscar uma licença em ciências naturais. O noivado com RaïssaOumançoff, sua companheira de estudos na Sorbonne, data de 1902. Os dois casam-se em 26 de novembro de 1904, ano da recepção de Maritain no concurso da agregação de filosofia. Com seus estudos em Henri Bergson2 , acabou propugnando um tomismo adaptado à época, restaurador da metafísica cristã, diante do racionalismo antropocêntrico e do irracionalismo panteísta em que se debatia o idealismo moderno. Foi convertido em 1906, com 24 anos, juntamente com Raïssa. A conversão de ambos foi conduzida por Léon Bloy. Neste sentido, afirma Dom Cândido Padin:
Alguns meses antes desse acontecimento, Jacques e Raïssa, casados há menos de dois anos, sentiram-se tremendamente angustiados pelo vazio do agnosticismo em que viviam. Ele mesmo narra, pouco antes de sua morte: "Em 1906, Raïssa e eu fizemos um pacto, se não encontrássemos a verdade, algo que desse um sentido à vida, nós nos mataríamos. Nós vínhamos do agnosticismo."
Foi batizado na Igreja Luterana e teve seu batismo na Igreja Católica de forma condicional, na verdade uma mera sutileza teológica, já que o batismo é um só e para sempre. Assim, sendo o primeiro batismo válido perante Deus, o segundo se tornaria inócuo. No ano de 1912, Jacques e Raissa são recebidos como oblatos leigos da ordem beneditina. À Raïssa, eterna colaboradora, deve a leitura de Santo Tomás de Aquino, fato que mudou radicalmente a vida e forma de pensar de Maritain. Tais circunstâncias fizeram de Maritain um estudioso do pensamento tomista. Um conjunto de pesquisas e investigações, bem referenciadas em Aristóteles, seria propício para melhor compreensão e solução dos problemas da sociedade do século XX.
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Este artigo foi publicado na revista Brazilian Journal of Development . Veja aqui.
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